Vida de ilusão

por Gizele Benitz

No imaginário  do mundo ocidental as culturas milenares que se esbarram em toda a Ásia despertam algo como um certo “fascínio”. Pessoas sentem-se atraídas por uma suposta atmosfera de paz e de uma perspectiva de mundo melhor, quase perfeito, que aparentemente é proposto por estas culturas milenares. Este “mundo zen” tem nas várias culturas o pano de fundo para a prática de religiões que “emanam” uma pseudo paz e bondade, mas que na verdade revelam mazelas inimagináveis num mundo de paz.

Claro que este lado “feio” de algumas religiões praticadas na Ásia não fica acessível para os adeptos que no Ocidente, de longe, buscam mergulhar num mundo desconhecido e exótico em busca da “paz”. No entanto, Paz só temos em Jesus Cristo, como está em Filipenses 4.7 “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus”.

Ao conhecer ao vivo e a cores o continente asiático é possível nos depararmos com uma realidade de pobreza e abuso, principalmente com meninas, e que deixa um misto de indignação e compaixão. O mundo real que contrasta com toda a pseudo paz difundida por algumas religiões na Ásia é composto por muitas meninas sequestradas, vendidas,  traficadas para a prostituição sob os olhares e a conivência de líderes religiosos que em nada retratam bondade ou misericórdia.

Algumas destas meninas na faixa dos 14 aos 17 anos conseguem, milagrosamente, ser resgatadas da escravidão sexual a que são submetidas. Isso graças a ação corajosa de instituições que se dedicam a este árduo trabalho. Outros dedicam-se a receber estas meninas e acompanha-las no difícil processo de cuidado e restauração de seus corações feridos.

Conhecer algumas sobreviventes deste terrível pesadelo nos constrange a refletir sobre nossa vida cristã e a Palavra de Deus em Hebreus 13.1-3 “Seja constante o amor fraternal. Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos. Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se vocês mesmos estivessem sendo maltratados”.

A vida de ilusão proposta por religiões que exploram pessoas, ou pior, tratam pessoas como mercadoria é, na verdade, um grande engano. Infelizmente, muitos se deixam seduzir pela ideia de que é possível ter paz e plenitude em nós mesmos. Que grande erro! Jesus é o Príncipe da Paz (Isaías 9.6).

Por fim, o que Deus fala claramente ao meu coração diante da realidade nua e crua é que, se fomos alcançados pela graça e a misericórdia de Jesus Cristo não podemos e não devemos nos conformar com este mundo como diz Romanos 12.2 “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Oremos!

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